M. V. Dr. Cláudia Barbosa Fernandes
Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Londrina, fez residência em Grandes Animais - Clínica, Cirurgia e Reprodução. Mestre e doutora pela Unesp de Botucatu.
Trabalhou com Biotecnologia em Reprodução da Égua, Transferência de Oócitos e Clonagem.
Já atuou ministrando aulas de reprodução em todas as espécies.
Foi docente na Universidade Federal do Espírito Santo, em reprodução de grandes animais.
Atualmente, ministra aulas de obstetrícia e atende no Hospital Veterinário da USP em São Paulo, no departamento de reprodução animal.
UniubeMedVet: Quando veio a decisão de trabalhar com reprodução de equinos?
Cláudia Barbosa Fernandes: A decisão de trabalhar com reprodução veio durante a residência, mas ainda não havia escolhido a espécie; foi no mestrado que minha orientadora apresentou-me trabalhos com espécies equinas, tive dificuldades, já que minha formação com equinos era básica, mas me empenhei muito para atingir meu objetivo e estar mais preparada para trabalhar com essas espécies.
UniubeMedVet: Quais as dificuldades de se trabalhar com a área de biotecnologia e reprodução em equinos?
C. B. F.: As dificuldades com materiais, a escassez de abatedouros para coleta de material, para estudos e trabalho.
UniubeMedVet: Sobre as biotécnicas, quais animais são indicados como candidatos para passar pelos processos?
C. B. F.: As técnicas no mercado de reprodução permitem aplicar diferentes técnicas, porém não são todos os animais que devem ser utilizados em algumas técnicas, os animais devem ter um potencial genético.
Já na obstetrícia, a linha de pesquisa do periparto da égua pode ser aplicada em todas, já que o monitoramento da gestação é muito interessante para evitar perdas durante e principalmente no pós parto.
UniubeMedVet: O que você pensa a respeito do uso da Clonagem?
C. B. F.: Quando se tem um animal com potencial para essa biotécnica, como animais que são castrados precocemente e acabam virando grandes campeões, é interessante; já que assim terá um animal com o mesmo potencial genético de gerar filhos tão bons quanto o animal clonado, porém não deve ser uma biotécnica utilizada indiscriminadamente, porque é muito difícil conseguir resultados e o custo é muito alto.
Contato: fernandescb@usp.com.br